As demissões, como o empresário bem sabe, as vezes geram custos altíssimos, principalmente quando existem pendências com o funcionário, até o tempo de serviço é super relevante no valor a ser pago no acordo de demissão. Por isso, em uma tentativa de economia, o que pode acontecer é um aumento de custos. Como toda decisão empresarial exige um estudo e principalmente um planejamento. Para quem estudou as condições e decidiu por manter os funcionários, vai uma grande informação:
O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que as empresas que não demitirem funcionários durante a crise do coronavírus terão ajuda financeira por parte do Executivo federal. A tática é um esforço do governo para evitar a pandemia resulte em um aumento expressivo do desemprego. Detalhando as medidas que estão sendo adotadas em caráter emergencial e que compõem um pacote de cerca de R$ 200 bilhões, valor que representa 2,6% do PIB brasileiro. Para socorrer as empresas, o governo se dispõe a pagar até 30% do salário de funcionários que tiverem cortes na jornada de trabalho durante a crise. A iniciativa será implementada por meio de uma MP (medida provisória). Trata-se de uma reedição do dispositivo que, no mês passado, propôs facultar às empresas a possibilidade de suspender contratos de trabalho por até quatro meses, período no qual o funcionário ficaria sem receber seus vencimentos.
Outra MP que será editada para ajudar a iniciativa privada, abre uma linha de crédito para que as empresas tenham condições de quitar salários de funcionários durante a crise. No total, são 40 bilhões para cobrir até dois meses da folha (R$ 20 bi por mês). Na verdade, o ônus será compartilhado: R$ 34 bilhões do governo e R$ 6 bilhões dos bancos privados. Serão beneficiadas 1,4 milhão de pequenas e médias empresas (faturamento entre R$ 360 mil e R$ 10 milhões), e há uma estimativa de impacto para 12,2 milhões de trabalhadores. Os juros serão de 3,75% ao ano (igual à taxa básica, Selic), com seis meses de carência para pagar, em até 30 meses. O dinheiro será pago diretamente aos funcionários, sem intermediação das empresas.
Todos esses artifícios do governo são uma forma de controle para que o mercado não entre em eclosão, o empresário também deve pensar no macro, se a maioria das empresas demitisse o choque referente ao mercado seria absurdo. Lembrando que o poder de compra também é prejudicado. O planejamento empresarial torna-se uma obrigação e uma leitura da crise pensando em projeção, é de fundamental importância para a sobrevivência da sua empresa. Por isso, antes de demitir calcule os prejuízos, não só financeiros como sociais.